logo IMeN

Isoflavonas de Soja

Anna Christina Castilho
Nutricionista Clínica do IMeN – Instituto de Metabolismo e Nutrição
Especialista em Nutrição Clínica
Pós-Graduanda em Fisiologia do Exercício pela UNIFESP/EPM

Definição:

As isoflavonas, substâncias presentes na soja, pertencem à família dos polifenóis, os quais possuem importantes atividades biológicas tais como: atividade antioxidante, como é o caso dos isoflavonóides, que apresentam estrutura semelhante ao estrógeno humano e sintético (12,13,14), atividade antifúngica (15), propriedades estrogênicas (16) e atividade anticancerígena (17,18,19). Por apresentar atividade estrogênica, estas substâncias são comumente referidas como fitoestrógenos (20).
A soja possui três tipos de isoflavonas: agliconas, glicosídeos, acetilglicosídeos e malonilglicosídeos (21). As formas agliconas são as formas ativas do nosso corpo, ou seja, aquelas verdadeiramente absorvidas pelo nosso organismo (22,23,24).
A concentração de isoflavonas na soja e seus derivados pode variar muito, pois depende da variedade do grão, solo, clima, local onde foi cultivada e principalmente o tipo de processamento utilizado no preparo do alimento (11).

Absorção e Metabolismo:

As isoflavonas quando consumidas, são hidrolisadas no intestino delgado por beta-glicosidases intestinais, as quais liberam as agliconas biologicamente ativas. Estas são absorvidas ou fermentadas pela microflora intestinal, dando origem a seus metabólitos (daidzeína, genisteína e gliciteína).
As isoflavonas absorvidas são então transportadas para o fígado, onde são removidas da circulação sanguínea, retornando ao intestino pela via biliar, podendo ser excretada pelas fezes. Porém, u,a porcentagem consegue escapar e entrar na circulação periférica, alcançando os tecidos, sendo eliminadas pelos rins, de maneira similar aos estrógenos endógenos (25).
A biodisponibilidade das isoflavonas da soja é influenciada por um intestino saudável, com a microflora capaz de converter estas isoflavonas às suas formas ativas. Estudos mostram que a administração de antibióticos bloqueia seu metabolismo (26,27).

Mecanismo de Ação:

As isoflavonas da soja podem agir de três formas (28):

 Ligam-se aos receptores de estrógeno, exercendo ação estrogênica ou antiestrogênica, dependendo do nível de hormônios sexuais. Estudos mostram que este efeito estrogênico apesar de fraco, pode exercer efeito agonístico e antagonístico sobre os estrogênios endógenos, porque competem pelos mesmos receptores. As isoflavonas têm portanto, efeito benéfico durante toda a vida reprodutiva da mulher e durante o climatério (29).
A atuação de fitoesteróis genisteína e daidzeína, sobre os receptores ß-estrogênicos presentes no fígado, têm como consequência uma melhora do perfil lipídico, justificada por um incremento do número de receptores hepáticos de colesterol LDL, o que favorece o catabolismo de colesterol. Esta estimulação dos receptores ß-estrogênicos dá lugar a uma inibição de lipase hepática, implicada no metabolismo de colesterol HDL, ocasionando seu incremento (30).

 Inibem a atividade de enzimas como a tiroxina proteína quinase, responsável pela indução tumoral promovida pela fosforilação dos oncogenes ente outras que controlam o crescimento e a regulação celular; e também aumentam a concentração do fator  de crescimento tumoral (TGF ), que atua na inibição do crescimento de células cancerosas (31,32).

 Inibem a produção de oxigênio reativo, que está envolvido na formação de radicais livres, mostrando o efeito antioxidante das isoflavonas. Estudos mostram que como antioxidantes, têm a capacidade de neutralizar ou tornar mais lenta a taxa de oxidação do LDL – colesterol (33). A genisteína inibe também a agregação plaquetária e a migração e proliferação de células da musculatura lisa (34).

APLICAÇÕES CLÍNICAS DA ISOFLAVONA

Doenças cardiovasculares e hipercolesterolemia:

Talvez este lado preventivo das isoflavonas tenha sido um dos mais discutido nos últimos, consolidando o termo Nutraceutical – alimento terapêutico. Com efeito, as evidências de que isoflavonas, em especial a genisteína da soja, reduz os níveis de colesterol total sanguíneo são tantas que tal efeito é atualmente informado ao consumidor, através dos rótulos dos alimentos, conforme autorização da FDA.
Em 1999, o FDA (Food and Drug Administration) autorizou o uso de alegação de saúde em alimentos contendo proteínas de soja, atestando o papel deste componente na redução do risco de doenças cardiovasculares. O FDA concluiu que, alimentos contendo proteína de soja associados a uma dieta de baixo teor de gordura saturada, podem reduzir o risco de doença cardiovascular, pela diminuição dos níveis de colesterol. Para que possa ser mencionada a alegação de saúde no rótulo, os produtos devem conter no mínimo 6,25 g de proteína de soja por porção, o que representa ¼ dos 25 g/dia encontrados pelos pesquisadores, como tendo efeito saudável para o coração (10).
Muitos estudos apontam para conclusões que têm sido unânimes: as isoflavonas diminuem os níveis de colesterol total, diminuem a fração LDL a aumentam a fração HDL no sangue. São os efeitos esperados de uma droga ou nutriente para o tratamento das dislipidemias, especialmente nos indivíduos com história familiar.
Em 1995, Anderson e colaboradores (30) publicaram no New England Journal of Medicine uma meta análise correlacionando o consumo de soja e o risco reduzido para doenças cardiovasculares. Pela combinação dos resultados de 38 estudos clínicos que investigaram os efeitos da proteína de soja sobre os lipídios séricos, os pesquisadores concluíram que um mínimo de 25g de proteína de soja/ dia, reduz os níveis de colesterol total (9,3%), LDL-colesterol (12,9%) e triglicerídios (10,5%).
Teede et al (35) avaliaram em um estudo duplo-cego, a pressão sanguínea, a lipidemia e a função vascular e endotelial de 213 pessoas saudáveis, consumindo isolado protéico de soja ou placebo durante 3 meses. Nas pessoas que consumiram soja, o conteúdo de fitoestrógenos na urina aumentou e a pressão sanguínea reduziu significativamente. A soja causou grande alterações também na lipidemia, com redução na taxa de colesterol e triglicérides. Porém estudos recentes mostram que apesar das isoflavonas apresentarem efeitos sobre a complacência arterial, elas não alteram a taxa de colesterol, a não ser que a ingestão venha acompanhada de proteínas da soja (36,37,38,39,40,41).
A redução do colesterol plasmático, quando se ingerem produtos de soja, está bem provada, mas, para se demonstrar a diminuição da incidência de doenças cardiovasculares ateroscleróticas, falatm ensaios clínicos convincentes (42).
Dentre os mecanismos propostos , podemos relacionar alguns:
- Aminograma: a relação arginina/lisina, maior na soja em comparação com a caseína, promoveria alguma ação protetora e de menor incremento na aterosclerose (43)
- Fibras: O polissacarídeo de soja poderia, em grandes quantidades, estar relacionado com a hipocolesterolemia (44,45,46)
-Ácido Fítico: O acido fítico, encontrado na soja, promove quelação do ferro, cálcio, zinco e magnésio no trato gastro intestinal, diminuindo sua absorção Dietas com alta relação Zinco/Cobre estão relacionadas com hipercolesterolemia, deste modo, com a ação quelante do ácido fítico ocorreria déficit de Zinco e menor relação Zinco/Cobre (47)
-Saponinas: As saponinas atuam no incremento da eliminação de bile a nível intestinal (48,49)
-Inibidores da Tripsina: Os inibidores da tripsina, no caso especifico da soja, o chamado Inibidor de Bowman-Birk, estão relacionados com o incremento da função vesicular e deste modo, incremento na produção e eliminação da bile (50)
-Globulinas de soja: As globulinas poderiam estimular a captação de LDL-colesterol por receptores hepáticos (51)
-Isoflavonas: O grupo dos fitoquimicos possui compostos classificados como fitoestrógenos, nesses existem compostos como a genisteina, gliciteína e daidzeina, que possuem efeito estrogênico. Os efeitos relacionados a essa característica, mostram maior captação hepática do LDL-colesterol, incremento na elasticidade arterial e melhora do tonus vasomotor arterial (51,52,53).

 Menopausa:

Os sintomas característicos da menopausa incluem ondas de calor, insônia, transpiração forte, dor de cabeça, mudança de humor, nervosismo, irritabilidade, depressão e dor vaginal, entre outros. Somente um terço das mulheres asiáticas apresentam este quadro devido ao alto consumo de produtos de soja (1).
Pesquisadores da Califórnia acabam de publicar um trabalho, no qual mostraram que a ingestão de 25 g de soja por dia, contendo 107 mg de isoflavonas tem resultados benéficos sobre o tônus vasomotor, independentes de ações antioxidantes e de diminuição de lípides plasmáticos. O estudo foi realizado com 28 mulheres pós-menopausadas saudáveis com índice de massa corpórea (IMC) < 30 e que não usaram terapia de reposição hormonal nos últimos seis meses. Os autores puderam concluir que o suplemento fornecido auxiliou na manutenção de reatividade vascular em mulheres após a menopausa (54).
Estudos mostram que a ingestão diária de 45 mg de isoflavonas modifica as características do ciclo menstrual, prolongando sua duração. Os estudos lembram que os ciclos longos estão relacionados a um baixo risco para câncer de mama e esse efeito não ocorre quando se ingere alimento a base de soja sem isoflavonas (55).
Brzezinski e cols (56) realizaram um estudo com 145 mulheres pós-menopausadas, recebendo dieta rica em fitoestrógenos (mais de 60mg isoflavonas/dia), mostrando redução dos sintomas da menopausa em 50%, dos fogachos em 54% e da secura vaginal em 60%. Em outros dois estudos com mulheres na menopausa, os resultados foram positivos havendo alívio dos sintomas vasomotores, diminuição da incidência e severidade das ondas de calor (57, 58).
Na Espanha um estudo multicêntrico, com 190 mulheres menopausadas, também observou uma diminuição significativa dos sintomas, principalmente em relação as ondas de calor (59).

Osteoporose:

Osteoporose vem do latim e significa “osso poroso”. É uma doença esquelética sistêmica caracterizada pela redução de massa óssea e deterioração do tecido ósseo, levando à sua conseqüente fragilidade e maior susceptibilidade a fraturas (60).
É uma doença de caráter multifatorial: hereditariedade, atividade física, estado hormonal, tabagismo, uso de medicamentos, consumo de álccol e fatores nutricionais são determinantes para o seu desenvolvimento (61).
A doença atinge principalmente as mulheres devido à cessação da função ovariana e perda de efeito protetor do estrogênio (60). Cerca de 30% das mulheres e 16% dos homens acima de 50 anos apresentam fraturas osteoporóticas (62,63). A perda de massa óssea esperada durante a menopausa é de 15% (64).
Alguns estudos experimentais sugerem que a isoflavona pode contribuir para a saúde óssea devido à sua semelhança química com a ipriflavona, substância que mostrou aumentar a massa óssea em mulheres na menopausa.
Atualmente, vários trabalhos têm demonstrado que a ipriflavona, além de inibir a perda dos ossos, pode estimular diretamente na sua nova formação (65). A ipriflavona é um isoflavonóide semi-sintético estruturalmente similar aos isoflavonóides da soja - compostos que podem ser responsáveis pelo aumento da densidade óssea em mulheres que estão na pós-menopausa.
Alguns estudos italianos (66,67,68) mostraram que 200mg de ipriflavona três vezes ao dia, com ou sem a suplementação de cálcio, reduz a perda óssea na pós-menopausa.
Estudos mostram que a soja, além do efeito estrogênico, pode atuar de outra maneira, exercendo um efeito calciúrico, sendo mais intenso quando a ingestão excede a necessidade. A calciúria é muito menor quando se inger a proteína da soja, provavelmente devido ao baixo conteúdo de aminoácidos sulfurados presentes (69, 70).
Abaixo segue um quadro com alguns tipos de alimentos e a quantidade de isoflavonas. Os dados relativos aos benefícios no uso da ipriflavona carecem de maiores validações científicas e comprovações clínicas.

 

ALIMENTOS

QUANTIDADE DE ISOFLAVONA

½ xíc. farinha de soja sem gordura

257mg

½ xíc. farinha de soja crua

210mg

½ xíc. grãos de soja

216mg

½ xíc. tofu cru

76mg

1 xíc. de leite de soja

48mg

90mg de hambúrguer de soja

8mg

1 colh. de sopa de molho de soja

0,3mg

Fonte: Food News, 1998 .

Na verdade, é muito mais fácil prevenir a osteoporose do que tratá-la. Como se sabe, os níveis de estrogênio caem acentuadamente após a menopausa, aumentando o risco da mulher ter osteoporose.

Câncer:

Estudos “in vitro” demonstram que a genisteína inibe o crescimento de uma ampla variedade de células neoplásicas, incluindo células de mama, células de cólon e células da pele, além de inibir a atividade metastática de células de câncer de próstata (11).
Algumas isoflavonas, com genisteína (forma aglicona) têm grande poder de controle de células cancerosas. Genisteína também inibiu o crescimento de células tumorais da próstata humana quando comparada à sua forma glicolisada (71).

Diabetes:

A soja também tem demonstrado exercer papel protetor no controle das alterações metabólicas do diabetes. A fibra alimentar dos grãos da soja tem reduzido os níveis plasmáticos de glicose em indivíduos diabéticos tipo II (44,72,73).
Librenti M.C (44), estudou o efeito de glicose sanguínea e insulina na ingestão pré-prandial de fibras de soja e mostrou bons resultados na curva glicêmica obtida.
Além da eficácia da fibra da soja na manutenção dos níveis plasmáticos de glicose em diabéticos, a adição dessa fibra parece diminuir o aumento das taxas de glucagon pós-prandial e polipeptídeos pancreáticos, enquanto aumenta os níveis de somatostatina (44).
As proteínas da soja ao atingirem os rins aumentam a formação de óxido nítrico nas células endoteliais da arteríola eferente, ocorrendo vaso-dilatação local, com queda na pressão intra-glomerular e menor lesão das estruturas de filtração. Assim, dá-se acentuada queda da microalbuminúria e da proteinúria, com redução do risco de complicações e diminuição na velocidade de progressão da lesão renal. Isto é vital nestes pacientes, onde a insuficiência renal crônica é sempre uma complicação inexorável.
Evidências de que os fitoestrógenos da dieta têm um papel benéfico na obesidade e diabetes estão emergindo. Estudos de intervenção nutricional, realizados em animais e humanos sugerem que a ingestão de proteína da soja associada às isoflavonas, melhoram o controle da glicose e a resistência à insulina. Em experimentos com animais em relação à obesidade e diabetes, a proteína de soja tem demonstrado reduzir a insulina sérica e a resistência à insulina. Em estudos com humanos com ou sem diabetes, a proteína de soja também parece moderar a hiperglicemia e reduzir o peso corporal, a hiperlipidemia e a hiperinsulinemia, respaldando seus efeitos benéficos na obesidade e diabetes.
Contudo a maior parte desses estudos clínicos eram relativamente pequenos, e envolviam um reduzido número de pacientes. Além disso, não está claro se os efeitos benéficos da proteína de soja são devido às isoflavonas ou algum outro componente (74).
Na realidade portanto, as fibras da soja auxiliam na prevenção e no controle do quadro de dislipidemia que é muito comum no diabético, e assim diminui o risco de doenças cardiovasculares, além de facilitar o controle da obesidade e controlar a obstipação intestinal.

Doença Renal Crônica:

Existem evidências crescentes que os fitoestrógenos da dieta possuem um papel benéfico nas doenças renais crônicas. Estudos de intervenção nutricional tem mostrado que o consumo de proteína de soja, reduz a proteinúria e atenua a função renal.
Não esta claro quais componentes da soja são responsáveis pelos efeitos protetores observados. A ação biológica das isoflavonas têm sido bem definida em diferentes tipos de células, tanto in vitro como in vivo, mas o mecanismo pelo qual estes compostos podem reduzir os danos renais, precisam ser elucidados. Mecanismos possíveis incluem a inibição do crescimento e proliferação celular via mecanismos mediados pelos receptores de estrógeno ou por caminhos mediados por não receptores envolvendo a inibição da proteína quinase, modulação dos fatores de crescimento envolvidos na síntese da matriz extracelular e fibrogênese, inibição da ativação citocínica dos fatores de transcrição, inibição da angiogênese, ação antioxidante, supressão do fator de ativação e agregação plaquetária e atividade imunomoduladora (75).

DOSE RECOMENDADA:

As quantidades benéficas das isoflavonas não são, ainda, bem estabelecidas, porém diversos estudos indicam os teores de 45 a 55 mg/dia (76).
A dose e a duração de consumo são os principais fatores que influenciam nos resultados clínicos e biológicos das dietas ricas em fitoestrógenos. Atualmente, de acordo com a orientações do FDA, 40-60mg de isoflavonas/dia na forma de aglicona é recomendado para se obter os benefícios e essa quantidade diária é recomendada com base no consumo estimado de soja dos povos asiáticos, embora existam dados mostrando que o consumo de isoflavonas pelos orientais pode chegar a mais de 100mg/dia (10).

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

1. COSTA, N.M.B. e BORÉM, A. Biotecnologia em Nutrição – saiba como o DNA pode enriquecer os alimentos. São Paulo: ed Nobel, 2003

2. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução nº 18, de 30 de abril de 1999 (republicada em 03/12/1999) e Resolução nº 19, de 30 de abril de 1999 (republicada em 10/12/1999).

3. www.embrapa.com.br

4. MESSINA M, MESSINA V, SERCHELL K. The Simple Soybean and Your Health. Garden City Park (NY): Avery Publishimg Group, 1994.

5. www.aboissa.com.br

6. STEVENS S, STEVENS JA; editors.1995 U.S. Soyfoods Directory. Lebanon (IN): Indiana Soybean Development Council, 1995.

7. TRINDADE E.A et al. Proteínas de soja como fonte de nutracêuticos. Revista Racine Maio/junho 2001;62:26-32

8. MAGNONI D. A importancia socioeconômica da soja. Revista Qualidade em Alimentação e Nutrição, nº 9, 2001.

9. BERGMAN A.C.M. Soja: o que mostram as evidências. Ver Qualidade em Alimentação e Nutrição.nº 12, 2002.

10. Food and Drug Administration (FDA). Food labeling: health claims; soy protein and coronary heart disease. Federal Register. October 26, 1999;64: 57699-733.

11. www.bugenalimentos.com.br

12. ESAKI H, WATANABE R, ONOZAKI H, KAWAKISHI S, OSAWA T. Formation mechanism for potent antioxadative odihydroxysoflavones in soybean fermented with Aspergillus saitoi. Biosci. Biotechnol. Biochem. 1999; 63(5):851-858.

13. ESAKI H, ONOZAKI H, MORIMITSU Y. Potent antioxidative isoflavones isolate from soybeans fermented with Aspergillus saitoi. Bioscience Biotechnology Biochemistry.1998; 62(4):740-746.

14. SHAHIDI F, WANASUNDARA P.K.J.P.D. Pnenolic antioxidants. CRC critical Review Food Science and Nutrition 1992; 32(1):67-103.

15. NAIM M, GESTETNER B, ZILKAH S, BIRK Y, BONDI A. Soybean isoflavones. Characterization, determination, and antifungal activity. J. Agric. Food Chemistry. 1974; 22(5):806-810.

16. MURPHY P.A. Phytoestrogen content of processed soybean products. Food techonoly. 1982; 36(1):60-64.

17. COWARD L, BARNERS N.C, SETCHELL K.D.R., BARNERS S. Genistein, Daidzen, and their b-glucoside conjugates: Antutumor isoflavonas in soybean foods from American and Asian diets. Journal of Agricultural and Food Chemistry, 1993;41: 1961-1967.

18. PETERSON G, BARNERS S. genistein and Biochanin A inhibit the growth of human prostate cancer cells but not epidermal growth factor receptor tyrosine autophosphorylation. The prostate. 1993; 22: 335-345.

19. DENIS L, MORTON M.S, GRIFFITHS K. Diet and its preventive role in prastatic disease. European Urology. 1999; 35 (5-6): 377-387.

20. SETCHELL K.D.R & ADLERCREUTZ H. Mammalian lignans and phytooestrogens. Recent studies on their formation, metabolism and biological role in health and disease. In: Role of the Gut Flora in Toxicity and Cancer (Rowland, I.R, ed), Academic Press, London, UK. Pp 15-345, 1988.

21. WANG H.J & MURPHY P.A. Isoflavone content of commercial soybean foods. J Agric Food Chem, 42, p 1666-1673, 1994.

22. WANG H.J & MURPHY P.A. Mass balance study of isoflavonas during soybean processing. J Agric Food Chem, 44, p 2377-2383, 1996.

23. SCHRYVER T. Soy update 2000. Today’s Diettitian, 2, n2, p 2-7, 2000.

24. IZUMI T et al. Soy isoflavone aglycones are absorved faster and in higher amounts than their glucosides in humans. J Nutr, 130, n 7, p 1695-1699, 2000.

25. SETCHELL K.D.R & CASSIDY A. Dietary isoflavonas: biological effects and relevance to human health. J Nutr, 129, n3, p 758S-767S, 1999.

26. SETCHELL K.D.R et al. Exposure of infants to phytoestrogens from soy infant formulas. Lancet, 350, p 23-27, 1997.

27. SETCHELL K.D.R et al. The isoflavone content of infant formulas and the metabolic fate of these phytoestrogens in early life. Am J Clin Nutr, 68, p 1453S-1461S, 1998.

28. MESSINA M & ERDMAN J. W eds. First International symposium on the role of soy in preventing and treating chronic disease. Journal of Nutrition, 125, n3, p 698S-797S, 1995.

29. MARKIEWICZ L et al. In vitro bioassays of non-steroidal phytoestrogens. J Steroid Biochem. Mol. Biol, 45, p 399-405, 1993.

30. ANDERSOM J.W. et al. Meta-analysis of the effects of soy protein intake on serum lipids. N. Engl. J. Med., v.333, p.276-282, 1995.

31. THAM D.M, GARDNER C.D, HASKELL W.L. Potencial health benefits of dietary phitoestrogens: A rewiew of the clinical., epidemiological and mechanistic evidence. J Clin Endocrinol Met, 83, p 2223-35, 1998.

32. PETERSON T.G, KIM H, BARNERS S. Genistein may inhibit the growth of human mammary epithelial cells by augmenting transforming growth factor beta (TGFB) signaling. Am J Clin Nutr, 68, suppl: 1527, 1998.

33. WEI H et al. Antioxidant and antipromotional effects of the soybean isoflavone genistein. Proc. Soc. Exp. Biol. Med, 208, n 124-130, 1995.

34. WILCOX J.N & BLUMENTHAL B.F. Thrombotic mechanisms in atherosclerosis: potential impact of soy proteins. J Nutr, 125, n 631S-638S, 1995.

35. TEEDE H.J, DALAIS F.S, KOTSOPOULOS D et al. Dietary soy hás both beneficial and potentially adverse cardiovascular effects: a placebo-controlled study in men and postmenopausal women. J Clin Endocrinol Metabolism, 86, n7, p 3053-3060, 2001.

36. NESTEL P.J, YAMASHITA T, SASAHARA T et al. Soy isoflavones improbé systemic arterial compliance but not plasma lipids in menopausal and perimenopausal women. Arterioscler. Thromb. Vasc. Biol, 17, p 3392-8, 1997.

37. HODGSON J.M, PUDDEY L.B, BEILLIN L.J et al. Supplementation with isoflavonoid phytoestrogens does not alter serum lipid concentrations: a randomized controlled trial in humans. J Nutr, 128, p 728-32, 1998

38. JENKINS D, WOLEVER T, SPILLER, G et al. Hypocholesterolemic effect of vegetable protein in a hypocaloric diet, Atherosclerosis, 1989; 78:99-107.

39. BOSSELO O, COMINACINI L, ZOCCA I et al. Short-and long-term effects of hypocaloric diets containing proteins of different sources on plasma lipids and apoproteins of obese subjects, Ann Nutr Metab. 1988;32:206 -214.

40. SACKS F, BRESLOW J, WOOD P et al. Lack of an effect of diary protein (casein) and soy protein on plasma cholesterol of strict vegetarians: an experiment and a critical review. J Lipid Res. 1983;24: 1012-1020.

41. WONG W, SMITH E, STUFF J et al. Cholesterol-lowering effect of soy protein in normocholesterolemic and hypercholesterolemic men. Am J Clin Nutr. 1998;68:1385S-1389S.

42. TOSE H, NEVES A.R.N, NEVES M.B. Valor da soja como alimento functional nas doenças cardiovasculares ateroscleróticas. Rev Bras Nutr Clin 2000; 15: 316-320.

43. KRITCHEVSKY D. Dietary protein and experimental atherosclerosis. Ann NY Acad Sci 1993; 676: 180-187.

44. TSAI A.C, VINIK A.I, LASICHAK A. Effects of soy polysaccharide on postprandial plasma glucose, insulin, glucagons, pancreatit polypeptide, somatostatin, and triglyceride in obese diabetic patients. Am J Clin Nutr. 45 (3): 596-601, 1987.

45. TSAI A.C, MOTT E.L, OWEN G.M, BENNICK M.R, LO G.S, STEINKE F.H. Effects of soy polysaccharide on gastrointestinal functions, nutrient balance, seroid excretions, glucose tolerance, serum lipids, and other parameters in human. Am J Clin Nutr 1983; 38: 504-511.

46. SOREY R.L, DAY P.J, WILLIS R.A, STEINKE F.H. Effects of soybean polysaccharide on plasma lipid. J Am Diet Assoc 1985; 85: 1461-1465.

47. KLEVAY L.M. Coronary heart disease: the zinc/cooper hypothesis. Am J Clin Nutr 1975; 28: 764-774.

48. SIDHU G.S, OAKENFULL D.G. A mechanism for the hypocholesterolemic activity of saponins. Br J Nutr 1986; 55: 643-649.

49. POTTER S.M, JIMENEZ-FLORES R, POLLACK J, LONE T.A, BERBER-JIMENEZ M.D. Protein-saponin interaction and its influence on blood lipids. J Agric Food Chem 1993; 41: 1287-1291.

50. ROY D.M, SCHNEEMAN B.O. Effect of soy protein, casein and trypsin inhibitor on cholesterol, bile acids and pancreatic enzymes in mice. J Nutr 1981; 111: 878-885.

51. LOVATI M.R, MANZONI C, CORSINI A et al. Low density lipoprotein receptor activity is modulated by soybean globulins in cell culture. J Nutr 1992; 122: 1971-1978.

52. MESSINA M.J, PERSKY V, SETCHELL K.D.R, BARNERS S. Soy intake and cancer risk: a review of the in vitro and in vivo data. Nutr Cancer 1994; 21: 113-131.

53. SUGANO M, KOBA K. Dietary protein and lipid metabolism: a multifunctional effect. Ann NY Acad Sci 1993; 676: 215-222.

54. STEINBERG F.M, GUTHRIE N.L, VILLABLANCA A.C et al. Am J Clin Nutr 2003;78:123-30.

55. BARNERS S. Phytoestrogens and breast cancer. Baillieres Clin. Endocrinol Metab, v 12, p 559-79, 1998.

56. BRZEZINSKI A, ADLERCREUTZ H, SHAOUL R. Short-term effects of phytoestrogen-rich diet on postmenopausal women. J N Am Menopause Soc, v 4, p 89-94, 1997.

57. UPMALIS D.H et al. Vasomotor sympton relief by soy isoflavone extract tablets in postmenopausal women: a multicenter, double-blind, randomized, placebo-controlled study. Menopause, v 7, n4, p 236-242, 2000.

58. ALBERTAZZI P et al. The ffect of dietary soy supplementation on hot flushes. Obstet. Gynecol, v 91, p 6-11, 1998.

59. ALBERT A, ALTABRE C, BARO F et al. Efficacy and safety of a phytoestrogen preparation derived from a glycine max merr in climateric symptomatology: a multicentric, open, prospective and non-randomized trial. Phytomedicine, v 9, n2, p 85-92, 2002.

60. JENKINS D.K. Boné alkaline phosphatase, a serum boner turnover assay: usefulness in managing postmenopausal women receiving therapy to prevent or treat osteoporosis. Rewiew series.

61. PATRICK L. Comparative absorpition of calcium sources and calcium citrate malate for the prevention of osteoporosis. Altern Med Rev 1999; 4 (2): 74-85.

62. MELTON L.J. The epidemiology of primary hyperparathyroidism in North America. J Bone Miner Res. 2002; 17 Suppl 2: N 12-7.

63. EASTELL R & LAMBERT H. Strategies for skeletal health in the elderly. Proc Nutr Soc 2002; 61 (2): 173-80.

64. LLOYD T e col. Calcium supplementation and boné mineral density in adolescent girls. JAMA 1993; 270: 841-844.

65. BENVENUTI S, et al. Effects of ipriflavone and your metabolites on a clonal osteoblastic cell line. J. Bone Meiner Res, 6:987-996,1991.

66. GENNARI, C. et al. Effects of ipriflavone - a synthetic derivative of natural isoflavones - on bone mass loss in the early years after menopause. Menopause, 5:9-15,1998.

67. AGNUSDEI D, et al. A double-blind, placebo-controlled trial of ipriflavone for prevention of postmenopausal spinal bone loss. Calcificaton Tissue Intl, 61: 142-147,1997.

68. GAMBACCIANI, M. et al. Effects combined low dose of the isoflavone derivative ipriflavone and estrogen replacement on bone-mineral density and metabolism in postmenopausal women. Maturitas, 28:75-81,1997.

69. SOROKA N, SILVEBERG D.S, GREEMLAND M et al. Comparison of a vegetable-based (soya) and animal-based low-protein diet in predialysis chonic renal failure patients. Nephron, v 79, p 173-80, 1998.

70. BRESLAU N.A, BRINKLEY L, HILL K.D, PAK C.Y.C. Relationship of animal protein-rich diet to kidney stone formation and calcium metabolism. J Clin Endocrinal Metab, v 66, p 140-6, 1988.

71. MATSUDA S, NORIMOTO F, MATSUMOTO Y, OHBA R, TERAMOTO Y, OHTA N, UEDA S. Solubilization of novel isoflavone glycoside hydrolyzing b-glucosidase fromLactobacillus casei subsp. Rhamnosus. Journal of Fermentation and Bioengineerring. 1994; 77:439-441.

72. MADAR Z. New sources of dietary fibre. Int J Obeses, 11 Suppl 1: 57-65, 1987.

73. LIBERTI M.C, COCCHI M, ORSI E, POZZA G, MICOSSI P. Effect of soya and cellulose fibers on postprandial glycemic response in type II diabetic patients. Diabetes Care, 15 (1): 111-113, 1992.

74. BHATHENA S.J, VELASQUEZ M.T. Beneficial Role of Dietary Phytoestrogens in Obesity and Diabetes, Am J Clin Nutr 2002; 76 (6): 1191-201.

75. RANICH T, BHATHENA S.J, VELASUQEZ M.T. Protective effects of dietary phytoestrogens in chronic renal disease. J Ren Nutr 2001; 11 (4): 183-93.

76. CASSIDY A., FAUGHAMAN M. Phytooestrogens through the life cycle. Procedings of the Nutrition Society. 2000, 59: 489-496.

IMeN - Instituto de Metabolismo e Nutrição
Rua Abílio Soares, 233 cj 53 • São Paulo • SP • Fone: (11) 3287-1800 • 3253-2966 • administracao@nutricaoclinica.com.br